Novo vício: Dexter

Pois é, darlings. Quando o Bruno colocou o primeiro episódio enquanto eu jantava um Yakissoba, não foi algo que me apeteceu. Como assim? Um seriado todinho dedicado a um serial killer impiedoso? Sangue (muito), serra elétrica e afins? Os americanos enlouqueceram de vez. Tira daí enquanto eu como senão vou passar mal.

MÃS no decorrer do capítulo, foi impossível não ser conquistada pela sinceridade dos pensamentos deste charmoso psicopata e pela forma clara como ele enxerga nossas atitudes humanas (naquele sentido mesquinho), o jogo diário do relacionamento de pessoas normais, com sentimentos reais. É tão claro para Dexter que fazer parte desse jogo é algo muito fácil, que ele faz de forma bem-sucedida.

Claro que o fato de ele só matar pessoas comprovadamente más vem como mais um fetiche a la Tropa de Elite para nossa sociedade, mas isso não é o legal do seriado. Não há o sentimento de vingança, justiça ou requintes de crueldade para o deleite do cidadão “de bem” (se é que vocês me entendem). Os assassinatos são tão somente uma resposta fria ao impulso pela morte do nosso personagem.

Recomendo! Há tempos não ficava tão viciada em um seriado, é algo que foge do óbvio crime-mistério-investigação… Se você gosta de House, vai curtir Dexter.

Queridos leitores, sem spoilers porque até agora só devorei a 1ª temporada, ok? Aliás, o final é brilhante!

Momento fofoca: Michael C Hall, o Dexter, é casado com Jennifer Carpenter, que vive sua irmã, na vida real. Ele está se recuperando de um câncer que teve no começo deste ano. Por isso ele estava com uma touquinha quando recebeu o Globo de Ouro de melhor ator, em sua 4ª indicação.